A ciclovia da Avenida Paulista formará um eixo ligando
Ibirapuera, Jardins e Pacaembu. Além da via, a Avenida Bernardino de Campos
ganhará o dispositivo no canteiro central, recebendo também requalificação
urbanística. Esse eixo, com 3,8 km de extensão, se integrará a um complexo
cicloviário que conectará as zonas oeste e sul ao centro.
As obras começam em janeiro e devem durar seis meses,
informou ontem o secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto. Quando a
ciclovia for inaugurada, cada faixa de veículos da Paulista (existem três por
sentido) passará a ter 2,8 metros de largura, ante os 3 metros atuais. As de
ônibus (uma por sentido) serão diminuídas de 3,5 metros para 3,3 metros.
O entorno da Paulista também ganhará ciclovias, nos próximos
meses, em ruas como Haddock Lobo, Bela Cintra, Frei Caneca, Pamplona, Itápolis,
Abílio Soares e Honduras - as últimas na região do Ibirapuera. A Rua Itápolis
leva para o Estádio do Pacaembu. "A hora que chegar (a ciclovia) à Paulista, no
ano que vem, já tem as conexões”, afirmou Tatto. Esses trechos, porém, serão
adotados na direita ou na esquerda das vias, no mesmo nível da rua, separadas
das faixas dos carros por tachões e balizadores.
Contudo, na Paulista, a ciclovia ficará no canteiro central,
que será alargado para 4 metros, 18 centímetros mais alta que as faixas de
rolamento dos lados. Os relógios de rua e os tanques com plantas serão
removidos. O piso será feito com um concreto pigmentado de vermelho (cor usada
internacionalmente).
No total, as obras do eixo Paulista-Bernardino de Campos
custarão R$ 15 milhões. Na execução, uma faixa de rolamento dos carros ficará
interditada em cada sentido. O diretor de Planejamento da Companhia de
Engenharia de Tráfego (CET), Tadeu Leite Duarte, diz que a Prefeitura escolherá
um desvio que afete o mínimo possível a fluidez. "Quando a obra estiver terminada,
a gente apaga (a sinalização horizontal existente) e redistribui esses
tamanhos.”
Corredor. A ideia
de criação de um corredor exclusivo para ônibus no canteiro central deve ser
abandonada. Para a cicloativista Aline Cavalcante, a instalação de uma ciclovia
na Paulista é "muito positiva”, embora o ideal fosse que ela ficasse rente à
calçada e não no centro da avenida. "A Paulista é a via principal que liga
várias regiões, não tem como ter ciclovia nas paralelas, pois há muitos
morros.”
O presidente da Associação Paulista Viva, Antonio Carlos
Franchini Ribeiro, afirma que é preciso que o projeto seja seguro e considere
os diversos públicos envolvidos. "Os motociclistas já passam espremidos, com
uma segurança menor.”
No trecho da Paulista entre Consolação e Haddock Lobo,
sentido Paraíso, a CET vai suprimir uma das três faixas, para a instalação da
ciclovia. No sentido contrário, esse trecho ganhará passagem, só para bikes e
ônibus, para a Avenida Angélica, cruzando a Rua da Consolação. Com essa medida,
15 linhas de ônibus que transportam 163 mil passageiros por dia serão
beneficiadas, reduzindo a viagem em 15 minutos - hoje, os coletivos entram na
Rua Bela Cintra.
"O projeto ficará à disposição da sociedade por pelo menos dois meses, aceitando sugestões”, afirmou Tatto. "Já entramos em contato, até mesmo, com órgãos do patrimônio histórico, para que eles também possam opinar.”
Site Bike é Legal
Ciclovia da Paulista fica pronta até junho de
2015. Conheça o projeto!
Na manhã desta terça-feira (09), a Prefeitura de São Paulo
apresentou o projeto da ciclovia da avenida Paulista, que será entregue à
população até junho de 2015 e terá 3,8km de extensão. Com custo total de R$15
milhões, a estrutura vai fazer ligação com o novo mapa cicloviário da cidade e
é parte do plano de 400km prometidos pelo prefeito Fernando Haddad (PT) até o
fim da gestão.
Sonho antigo dos ciclistas paulistanos, a ciclovia será
construída no canteiro central da principal avenida da cidade, sem reduzir o
número de faixas de rolamento para veículos automotores nem tirar espaço dos
pedestres.
Antes de ser colocado em prática, o projeto fica à
disposição para discussões públicas e possíveis sugestões dos interessados por
um período de dois meses. Pelo cronograma da CET-SP, as obras só devem ser iniciadas
no ano que vem por conta de eventos como o Natal e a Corrida São Silvestre, que
poderiam ser prejudicados.
Para implantar a via, a Prefeitura fará um alargamento de
cerca de 0,5 m no canteiro central e não precisará Cada uma das faixas para
carro continuam existindo, mas passam a ter 2,8 m cada, ao invés dos 3 m
atuais. (confira as imagens na galeria abaixo)
Segundo o secretário de transportes da cidade, Jilmar Tatto,
a avenida Bernardino de Campos também será beneficiada com o projeto. Além da
continuação da ciclovia, será feita a revitalização do local, com enterramento
de fiação e calçadas "padrão Paulista".
Eixo de Ligação
Com a construção da nova ciclovia, o espigão da Paulista se
tornará um importante eixo de ligação entre diversos bairros da cidade. Dali,
sairão ciclovias para o Parque do Ibirapuera, Estádio do Pacaembu e outro
importante centro comercial que já possui via exclusiva para bikes, a avenida
Faria Lima.
Em direção ao centro, os ciclistas terão a opção de descer
por uma ciclovia na rua Frei Caneca, além da recém implantada estrutura na rua
Vergueiro. Todas estas ciclovias secundárias ficam prontas ainda em 2014.