01/06/2013 09:07 - O Globo / UOL
- Custo para usar ônibus no Rio passa a ser o quarto mais alto do país
Ônibus circula com
cartaz informando nova tarifa Custodio Coimbra / Agência O Globo
RIO — Os ônibus municipais ficaram mais caros a partir deste
sábado. A tarifa passou de R$ 2,75 para 2,95. O valor será cobrado tanto nos
ônibus urbanos comuns quanto nos veículos equipados com ar-condicionado, que
foram incorporados ao Bilhete Único Carioca (BUC). A unificação das tarifas foi
estabelecida por decreto do prefeito Eduardo Paes publicado na quarta-feira no
Diário Oficial do Município, fixando o reajuste.
Com o aumento de 7,2% na tarifa, o carioca passa a pagar uma
das passagens mais caras do país, em relação aos moradores de outras capitais
que reajustaram as tarifas este ano. O custo para usar os ônibus na cidade do
Rio é o quarto mais alto, perdendo apenas para São Paulo (SP), Goiânia (GO) e
Manaus (AM), conforme levantamento feito pelo portal "G1”.
— Só espero que o aumento possa ser revertido em segurança e
qualidade do serviço — diz a enfermeira Carla Siqueira, de 36 anos, que mora em
Jacarepaguá e trabalha na Gávea.
A prefeitura informou que o reajuste da tarifa poderia ter sido concedido desde 1º de janeiro, mas foi adiado, a pedido do governo federal, temendo impacto na inflação. Segundo o município, o aumento na passagem foi calculado com base em índices da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cuja fórmula considera a variação de preços de itens como pneus, combustível e mão de obra. Ainda segundo a prefeitura, a desoneração do PIS/Cofins para as empresas de ônibus contribuiu para evitar um reajuste ainda maior.
Extra-RJ
Passagem no Rio
sobe hoje para R$ 2,95; novo valor é o quarto mais alto do país
A boa notícia é que o
novo preço vale para ônibus comuns e também para os com ar-condicionado
Com o reajuste de 7,2% na tarifa dos ônibus municipais, que
entra em vigor neste sábado, o carioca passa a pagar uma das passagens mais
caras do país, em relação aos moradores de outras capitais que reajustaram as
tarifas este ano. O custo para usar os ônibus na cidade do Rio — que passou de
R$ 2,75 para R$ 2,95 — é o quarto mais alto, perdendo apenas para São Paulo
(SP), Goiânia (GO) e Manaus (AM), conforme levantamento feito pelo portal "G1”.
A boa notícia é que o novo preço vale para ônibus comuns e também para os com
ar-condicionado.
— Só espero que o aumento possa ser revertido em segurança e
qualidade do serviço — diz a enfermeira Carla Siqueira, de 36 anos, que mora em
Jacarepaguá e trabalha na Gávea.
A prefeitura informou que o reajuste da tarifa poderia ter
sido concedido desde 1º de janeiro, mas foi adiado, a pedido do governo
federal, temendo impacto na inflação. Segundo o município, o aumento na
passagem foi calculado com base em índices da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cuja fórmula
considera a variação de preços de itens como pneus, combustível e mão de obra.
Ainda segundo a prefeitura, a desoneração do PIS/Cofins para as empresas de ônibus contribuiu para evitar um reajuste ainda maior.
Folha.com
Passagens de
ônibus no Rio ficam 7,3% mais caras a partir de hoje
O preço da passagem de ônibus na cidade do Rio de Janeiro
ficou 7,3% mais cara a partir de hoje. O reajuste da tarifa foi de R$ 2,75 para
R$ 2,95.
Segundo contrato de concessão, o reajuste anual da tarifa
deveria ter sido aplicado em 1º de janeiro, mas a prefeitura decidiu adiar o
aumento após solicitação do governo federal --que se preocupava com o impacto
da medida na inflação no início do ano.
Na quarta-feira (29), o prefeito do Rio, Eduardo Paes
(PMDB), autorizou em decreto publicado no "Diário Oficial" da Cidade
o reajuste.
Com o decreto, a cidade passa a ter a partir da meia-noite
de sábado apenas uma tarifa para todos os ônibus urbanos, em vez das seis
tarifas distintas em vigor. Assim, os coletivos que contam com ar-condicionado
deixam de ter uma tarifa diferenciada. Segundo o decreto, haverá redução no
valor da passagem para se igualar ao preço da tarifa dos ônibus sem
ar-condicionado.
Os passageiros também poderão fazer qualquer integração de
um ônibus para outro na cidade pela tarifa básica através do Bilhete Único Carioca.
A prefeitura afirma que o reajuste foi calculado com base em índices da FGV
(Fundação Getúlio Vargas) e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística).
De acordo com a Secretaria de Transportes, a medida beneficiará cerca de cinco milhões de passageiros por mês que viajam em ônibus urbanos com ar-condicionado.
UOL
Tarifas de R$ 3,20 entram em vigor amanhã em SP; passagens subiram mais de 300% desde Real
As novas tarifas dos ônibus municipais, Metrô e trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) entram em vigor a partir de 0h desse domingo (2) em São Paulo. Agora, os passageiros das três modalidades de transporte terão de desembolsar R$ 3,20 por viagem, ante R$ 3 pagos até então --o que representa reajuste de 6,7%. A integração entre ônibus e Metrô/CPTM irá subir de R$ 4,65 para R$ 5.
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Os valores foram decididos de forma conjunta entre o
prefeito Fernando Haddad (PT) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB). As tarifas
deveriam ser reajustadas em janeiro, mas o aumento foi postergado a pedido do
governo federal para segurar o crescimento da inflação.
O último reajuste de ônibus ocorreu em janeiro de 2011,
quando o então prefeito Gilberto Kassab (PSD) aumentou a passagem de R$ 2,70
para R$ 3. De lá para cá, a inflação acumulada medida pelo IPCA (Índice de
Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística), foi de 15,5%, mais do que o dobro do percentual reajustado por
Haddad.
No caso do Metrô e da CPTM, cujo último reajuste ocorreu em
fevereiro de 2012, o IPCA acumulou 7,8%.
Apesar de, neste último reajuste, as tarifas terem subido
abaixo da inflação, desde 1995, quando o Plano Real entrou em vigor, o preço do
transporte público em São Paulo aumentou em ritmo muito superior à inflação.
Em 1995, a tarifa de ônibus custava R$ 0,65. Nestes 18 anos,
a passagem aumentou 392%. O preço do Metrô subiu, entre 1995 e 2013, 300%. Já a
inflação do período foi de aproximadamente 240%, de acordo com o IPCA. Caso a
tarifa de ônibus acompanhasse a inflação, o valor cobrado ficaria em torno de
que R$ 1,50.
Desde 2005, quando o Bilhete Único foi estendido ao Metrô, a
tarifa de ônibus subiu 60% --de R$ 2 para R$ 3,20--, ante 54% de inflação.
Subsídios
Ao anunciar que a tarifa seria reajustada abaixo da inflação
entre janeiro de 2011 e março de 2013, Haddad afirmou que seria necessário
aumentar os subsídios pagos às empresas privadas que operam o sistema municipal
de ônibus na capital paulista para honrar os contratos.
Com isso, o total de subsídios neste ano chegará a R$ 1,25
bilhão, valor recorde. Antes do aumento, a prefeitura projetava gastar R$ 660
milhões com subsídios.
Embora a tarifa tenha sido reajustada acima da inflação nos
últimos oito anos, o valor pago às empresas na forma de subsídios aumentou
458%, considerando o que será pago neste ano --em 2005, a administração pagou
R$ 224 milhões.
Desde 2005, a prefeitura vem pagando às empresas de ônibus
montantes superiores ao que estava previsto no orçamento. Entre 2005 e 2012, o
total orçado em subsídios foi de R$ 3,2 bilhões, mas o montante pago às
empresas foi de R$ 4,5 bilhões.
A reportagem procurou a SPTrans e questionou os motivos
pelos quais o pagamento de subsídios vem, desde 2005, aumentando ano a ano,
embora a passagem tenha subido acima da inflação.
Apesar de o questionamento ter sido enviado à estatal em 21
de maio, até o fechamento desta reportagem não houve resposta.
Protesto
Por conta do reajuste, manifestantes de várias organizações,
entre elas o Movimento Passe Livre, irão organizar um protesto no próximo dia
6, a partir de 17h, em frente à prefeitura, no centro.
Até a noite do último dia 29, mais de 12.200 pessoas haviam confirmado, pelo Facebook, presença no ato.