Poluição custa US$ 4,9 bi/ano ao Brasil

09/09/2016 08:11 - O Estado de SP / Folha de SP

A poluição atmosférica já é a quarta causa de morte prematura no mundo, respondendo por 2,9 milhões de óbitos somente em 2013, conforme relatório divulgado nesta quinta-feira, 8, pelo Banco Mundial e pelo Instituto de Métricas e Avaliação da Saúde (IHME, sigla em inglês). O problema custa à economia mundial US$ 225 bilhões por ano. Somente no Brasil essa despesa chega a US$ 4,9 bilhões, de acordo com o levantamento.

Se for considerada a mortalidade decorrente da poluição nos lares, principalmente resultante do uso de combustíveis sólidos para calefação ou cozinha, o total de vítimas sobe para 5,5 milhões no mundo. Somente no Brasil, 62, 2 mil pessoas perderam a vida em 2013 por problemas provocados pela poluição atmosférica.

O país com o maior número de vítimas é a China. Na nação mais populosa do mundo, houve 1,6 milhão de mortes provocadas pela poluição em 2013. Em segundo lugar no ranking de países com mais óbitos está a Índia, com 1,4 milhão de casos.

As doenças causadas pela poluição ambiental (problemas cardiovasculares, câncer de pulmão e outras doenças pulmonares crônicas e respiratórias) são responsáveis por uma morte em cada dez no mundo, seis vezes mais do que as causadas pela malária, por exemplo. Cerca de 87% da população do planeta está de alguma forma exposta a essa poluição.

O relatório do Banco Mundial também mostra que a concentração de ozônio à qual a população mundial está exposta cresceu 8,9%, com diferenças marcantes entre países. No Brasil, China, Índia, Paquistão e Bangladesh, houve aumento de até 20%. Já nos Estados Unidos e Indonésia, o índice registrou queda.

Outras consequências. Os óbitos também são sinônimo de perdas em termos de potenciais rendimentos e de obstáculos ao desenvolvimento econômico, segundo cálculos do Banco Mundial. O estudo avalia que as perdas de rendimentos trabalhistas atribuídas a essas mortes alcançaram US$ 225 bilhões de dólares em 2013.

Além disso, a poluição provoca perdas em termos de bem-estar que totalizam US$ 5,1 trilhões, de acordo com o grupo de métricas e estatísticas. 

FOLHA DE SP

Poluição atmosférica causa uma em cada dez mortes no mundo

A poluição atmosférica se converteu no quarto fator de morte prematura no mundo, provocando perdas de potenciais benefícios no valor de milhares de milhões de dólares à economia mundial, segundo relatório do Banco Banco Mundial publicado nesta quinta (8).

O ar contaminado matou 2,9 milhões de pessoas em 2013, segundo os últimos dados disponíveis publicados no relatório. Se for somada a poluição nos lares, principalmente resultante do uso de combustíveis sólidos para calefação ou cozinha, o total de mortos sobe para 5,5 milhões.

As doenças causadas pela poluição ambiental (cardiovasculares, câncer de pulmão e outras doenças pulmonares crônicas e respiratórias) são, em consequência, responsáveis por uma morte em cada dez no mundo, seis vezes mais que as causadas pela malária.

Cerca de 87% da população do planeta está mais ou menos exposto a esta poluição.

Estas perdas de vidas humanas também são sinônimo de perdas em termos de potenciais rendimentos e de obstáculos ao desenvolvimento econômico, segundo cálculos do Banco Mundial.

O estudo avalia que as perdas de rendimentos trabalhistas atribuídas a essas mortes alcançaram 225 bilhões de dólares em 2013.

Além disso, esta poluição provoca perdas em termos de bem-estar que totalizam 5,1 trilhões de dólares.