12/03/2014 09:02 - Veja BH
Os belo-horizontinos têm um novo desafio a encarar a partir
deste sábado (8): entender o sistema de trânsito rápido por ônibus - que ficou
conhecido pela sigla em inglês BRT e acabou sendo batizado de Move - e
conseguir tirar o melhor proveito dele. O modelo de transporte coletivo que
começa a entrar em operação na capital usa veículos mais modernos e maiores -
articulados com capacidade para 127 pessoas (só 42 sentadas) -, além de faixas
exclusivas e estações de embarque e desembarque. Não é novidade: já funciona em
mais de 150 cidades ao redor do mundo, como Santiago, Istambul, Los Angeles e
Pequim. Segundo o presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar, ele reduzirá em
35% o volume de ônibus que circulam pelo hipercentro. "O tráfego ficará melhor
para todos, passageiros de ônibus e motoristas de carro”, afirma.
As mudanças começam pela Região Nordeste, onde 26 "linhas
alimentadoras” (veja o glossário abaixo) levam à Estação São Gabriel. Dali
partem três "linhas troncais” - a 83D (Estação/Centro-Direta), a 83P
(Estação/Centro-Paradora) e a 82 (Estação/Savassi-Via Hospitais) -, que passam
por pistas exclusivas na Avenida Cristiano Machado. O tempo médio do percurso
de 7,1 quilômetros, da Estação São Gabriel ao Centro, cairá de 35 para 20
minutos. As conexões podem ser feitas em nove "estações de transferência”,
instaladas no canteiro central. Dezessete articulados vão circular nesta
primeira fase, atendendo cerca de 30 000 passageiros, apenas 10% do que o Move
atingirá no eixo da Cristiano Machado. A implantação será gradativa, e a
previsão é que só esteja concluída em maio. Entender o sistema exigirá atenção
e paciência por parte dos passageiros. Mais informações sobre o funcionamento
do novo modelo estão no site www.brtmove.pbh.gov.br.
Dicionário do
passageiro
BRT
Sigla em inglês para transporte rápido por ônibus. Em BH,
foi batizado de Move.
Estação de integração
É onde os passageiros de ônibus vindos dos bairros passam
para as linhas expressas que circulam nos corredores viários.
Estação de transferência
Iinstalada ao longo dos corredores, recebe passageiros de
outras linhas. Linha alimentadora: liga os bairros às estações de integração.
Linha troncal direta
Liga as estações de integração ao Centro, sem parar em
pontos ao longo do trajeto.
Linha troncal paradora
Sai das estações de integração e faz paradas nas de
transferência.
Linha diametral:
Liga bairros diferentes, e apenas parte do seu itinerário passa pelos corredores do Move.
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Cinco respostas...
...para as principais dúvidas dos usuários
1 Quais as vantagens dos veículos do Move?
São maiores e oferecem mais conforto, como o ar-condicionado
e o sistema de áudio para indicar as paradas. Circulando em faixas exclusivas,
os ônibus estarão livres de congestionamentos. Haverá linhas diretas (sem
paradas) de alguns bairros para o Centro.
2 Quais os benefícios da integração?
Nas estações, os usuários terão várias opções de linhas para
diferentes bairros da cidade. Quem descer em uma estação de transferência não
precisará pagar nova passagem para usar outra linha que o levará ao destino
final.
3 Como funciona o sistema de cobrança?
O pagamento da passagem será feito nas bilheterias das
estações do Move, onde também se poderá fazer recarga de cartão.
4 Quanto custará a passagem?
Quem usar apenas a linha alimentadora (que circulará dentro
de uma região) pagará 1,90 real. Na estação de integração, o usuário que
continuar a viagem pelo Move desembolsará mais 75 centavos. Quem embarcar nas
estações de transferência pagará tarifa cheia: 2,65 reais.
5 Os horários de partida serão controlados?
A velocidade e o horário de chegada dos ônibus, que têm
computador de bordo e GPS, serão monitorados por uma central. Painéis
eletrônicos instalados nas estações informarão aos usuários o tempo estimado
para o próximo veículo passar.