Projeto Bike Vida diminui em 50% a remoção de pacientes pelo Samu em Fortaleza

02/10/2017 08:00 - Diário do Nordeste

O Projeto Bike Vida, responsável por otimizar o atendimento de urgência e emergência na área litorânea de Fortaleza, chegou à marca de 130 atendimentos nos dois primeiros meses de serviço. Desses, cerca de 60% dos atendimentos foram realizados no fim de semana, e as lesões traumáticas foram responsáveis por 56% das intercorrências. A iniciativa é pioneira na América Latina.

De acordo com a Prefeitura, devido à agilidade com que o socorrista realiza o primeiro atendimento, o número de remoções, utilizando as unidades móveis do Samu 192, foi reduzido em 50% na faixa de praia, o que possibilita uma ampliação da assistência com redução dos custos e economia aos cofres públicos.  

O projeto, lançado pela Prefeitura de Fortaleza por meio da Secretaria Regional II, atende um trecho de 4,5 km, compreendido entre os bairros Praia de Iracema, Mucuripe e Meireles.

Os atendimentos são realizados por meio de socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192), que são treinados em suporte básico de vida e utilizam bicicletas com equipamentos necessários para o primeiro atendimento — como, por exemplo, desfibrilador elétrico automático (DEA, utilizado nos casos de parada cardíaca súbita.

Agilidade no atendimento

Além da bicicleta, cada socorrista tem como suporte capacete, luvas, lanterna, sirene, apito, colete luminoso, uniforme, cotoveleira, joelheira — na questão do transporte — além do kit de primeiros socorros com oxigênio portátil, kit de colar cervical em diversos tamanhos, desfibrilador externo automático, talas de imobilização, ressuscitador manual adulto/infantil com reservatório, estetoscópio, esfigmomanômetro, oxímetro portátil, máscaras de proteção respiratória, ataduras, compressas, gazes, álcool, esparadrapo, entre outros.

Segundo o secretário da Regional II, Ferruccio Feitosa, o número de casos atendidosdiretamente na orla deve-se à agilidade com que os socorristas conseguem chegar até o paciente.

“Ao receberem a solicitação, os socorristas levam, em média, três minutos para se deslocar. Isso é possível devido ao uso da bicicleta como meio de transporte e à ciclofaixa que facilita a mobilidade. Essa agilidade faz toda a diferença e pode até salvar vidas”, afirma.