O trânsito de Sumaré viu aumentar de forma preocupante o
número de mortos nas ruas, avenidas e rodovias durante o primeiro trimestre
deste ano. De acordo com dados da SSP (Secretaria Estadual de Segurança
Pública), foram 10 homicídios dolosos - quando não existe a intenção de matar -
no trânsito sumareense entre janeiro e março, o que corresponde a cinco vezes
mais que o registrado no mesmo período do ano passado e ao dobro dos três
primeiros meses de 2011 na cidade. Além disso, o número representa mais que o
total de acidentes fatais em 2013 das outras quatro cidades que formam a RPT
(Região do Polo Têxtil), que, juntas, somaram sete casos.
Mortes no trânsito na
RPT - Editoria de Arte / O Liberal
Por meio de nota encaminhada pela assessoria de imprensa, a
Secretaria de Mobilidade Urbana e Rural de Sumaré informou que está realizando
um estudo a respeito da malha rodoviária da cidade, com o intuito de melhorar o
trânsito e averiguar os dados comparativos ao ano de 2012. Para o especialista
de trânsito Sylvio Moraes, o problema se deve à má formação de muitos
motoristas. "Os veículos e as estradas estão cada vez mais seguros, mas
mesmo assim os acidentes continuam acontecendo. Isso se deve ao despreparo do
motorista e também à imprudência e irresponsabilidade de muitos
condutores", disse.
O que chama a atenção é que o aumento das mortes contrastou
com uma redução significativa nos acidentes de trânsito, que tiveram diminuição
de 5,2% em toda a região. Houve redução nos cinco munícipios da RPT. Neste ano
foram 1.039 ocorrências de lesões corporais causadas por choque entre veículos
ou atropelamentos nas ruas, sendo que Americana (351) e Sumaré (250) foram as
cidades com mais acidentes. Ainda assim, foram apenas duas mortes no trânsito
americanense entre janeiro e março, contra sete no mesmo período do ano
passado.
Em Santa Bárbara d'Oeste houve queda semelhante, de sete mortes em 2012 para apenas uma no primeiro trimestre de 2013. Por outro lado, em Hortolândia houve quatro acidentes fatais este ano, contra um no ano passado. Já Nova Odessa não contabilizou mortes no trânsito entre janeiro e março.