Andar de táxi em Londrina é hoje mais caro do que em 9, das
12, capitais brasileiras sedes da Copa do Mundo de 2014. Com bandeira 1, em
horário comercial, um trajeto de 10 quilômetros na cidade só fica mais barato
do que em Cuiabá, Belo Horizonte e São Paulo (veja a comparação no quadro).
Em Londrina, entrar em um táxi custa, de pronto, R$ 4,50 a
bandeirada – uma espécie de taxa de embarque que serve para compensar a
"viagem” do taxista até o cliente -, quando, só então, o taxímetro é
efetivamente ligado. A partir disso, a bandeira 1, em horário comercial, custa
R$ 2,30 por quilômetro rodado e na bandeira 2 o quilômetro fica em R$ 2,60. No
Rio de Janeiro, a bandeirada inicial de embarque vale R$ 4,70, a bandeira 1 vai
a R$ 1,70 por quilômetro e a bandeira 2 fica em R$ 2,04.
Ao mesmo tempo em que custa mais na comparação com outras
cidades, o serviço de táxi de Londrina exibe uma imagem mais positiva que a de
demais modalidades de transportes – os coletivos e mototáxis – também
controladas pela Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) e alvos
constantes de queixas da população. Atualmente, a cidade tem 376 táxis
espalhados por 78 pontos na área urbana e nos distritos rurais.
Na avaliação da CMTU, não faltam veículos, embora nos
horários de pico e nos dias de chuva a espera dos clientes seja maior: "As
pessoas esperam mais em situações específicas, como a chegada simultânea de
voos no aeroporto, muitos ônibus na rodoviária ou para se deslocar para algum
evento na cidade. Aí o sistema não comporta e a espera aumenta um pouco”, diz
José Carlos da Silva, coordenador de transportes comerciais da CMTU. "Mas não
dá para dizer que faltam táxis em Londrina.”
O preço, segundo ele, também não é considerado exorbitante,
ainda que mais caro na comparação com cidades maiores: "As características
locais do sistema influem diretamente na formação do preço nos taxímetros.
Geografia, distâncias médias percorridas, custo do combustível, público usuário
e mesmo a forma de reajuste definem o valor final, calculado em uma planilha
semelhante a do transporte coletivo”, explica o coordenador da CMTU.
Presidente do Sindicato dos Taxistas de Londrina, Antonio
Pereira da Silva, não considera que faltam táxis na cidade – nem que o valor
cobrado é excessivo quando comparado às sedes da Copa.
Entretanto, reconhece um gargalo operacional que faz a frota das duas centrais (Faixa Vermelha e Faixa Azul) ficarem no limite nos momentos de pico: "Com a abertura do novo shopping na zona leste em maio teremos 15 táxis na porta, que foram deslocados de outros pontos. A partir daí pode faltar táxi na cidade”, afirma. Segundo o representante da categoria, a meta é manter o atual tempo limite de espera: "Hoje, em qualquer lugar de Londrina, no máximo em 10 minutos o passageiro já está dentro do carro.”