14/03/2016 10:00 - O Dia - RJ
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Rio - O carioca vai ter de aprender a usar um novo meio de
transporte a partir do fim do mês que vem, quando o Veículo Leve sobre Trilhos
ganhar as ruas. Para familiarizar os futuros passageiros com as novidades, o
‘Observatório da Mobilidade’ detalha como será o funcionamento dos ‘bondes
modernos’ no Centro.
O VLT será implantado em três etapas e terá três linhas
quando estiver em operação plena, em 2017. Nos primeiros cinco meses, o
passageiro vai esperar até longos 15 minutos para embarcar, devido a um atraso
na obra. No entanto, a prefeitura cravou que o intervalo entre as composições
será de três minutos quando todo o circuito estiver inaugurado — passará um
veículo de cada linha a cada seis minutos.
“Como o sistema foi planejado em rede, será possível saltar
em qualquer parada e seguir viagem em outra linha comum ao trajeto sem pagar
outra passagem”, explica Augusto Schein, diretor de Operações da Concessionária
do VLT Carioca.
O primeiro eixo, prometido para abril, vai ligar a região da
Rodoviária Novo-Rio ao Aeroporto Santos Dumont, em 33 minutos, partindo da
lateral do terminal rodoviário Padre Henrique Otte e passando pela Via Binário,
Avenida Rodrigues Alves (com paradas perto do porto e dos museus), Rio Branco e
Beira-Mar. Segundo a prefeitura, o Instituto do Patrimônio Histórico Artístico
Nacional (Iphan) levou mais tempo que o previsto para investigar achados
arqueológicos, por isso a obra na Rua Pedro Ernesto atrasou e, até setembro,
trecho de 1,5 km da Binário vai funcionar em pista única e esquema de “siga e
pare” (um VLT espera o outro voltar para seguir). A prefeitura estuda criar uma
linha extra, enquanto a Pedro Ernesto estiver em obras, da Rodrigues Alves até
o aeroporto, das 7h às 9h30 e das 17h às 19h30.
A segunda linha, prevista para setembro, partirá do Henrique
Otte em direção à Praça 15, passando pela rodoviária, Rua Equador, Vila
Olímpica do Morro da Providência, Central, Praça da República, Praça
Tiradentes, Sete de Setembro e barcas. O percurso será em 25 minutos. A
terceira linha (Central-Cinelândia) ficou para 2017. O VLT funcionará de forma
diferente de todos os transportes da cidade. Para manter os vagões
refrigerados, as portas não abrirão automaticamente. O passageiro precisa
pressionar um botão na porta de vidro para entrar ou sair do trem. A tarifa é
R$ 3,80. Será possível utilizar o VLT como terceira viagem no Bilhete Único
(após tempo indeterminado) pagando mais R$ 2,10.
Mudança e confusão
A mudança no trajeto de 11 linhas de ônibus no Rio deixou os
passageiros confusos ontem em seu primeiro dia. A medida foi implementada pela
Secretaria Municipal de Transportes (SMTR), obrigando os usuários a peregrinar
pelos pontos atrás de informação.
A falta de agentes de trânsito para orientação foi a
principal reclamação. “Tá uma bagunça só. Estou há 40 minutos em pé esperando a
linha 309, para descobrir através do motorista queo ponto era mais à frente”,
revoltou-se o pedreiro Severino dos Santos, 43 anos.
As linhas afetadas circulam entre as zonas Norte e Sul e
Centro da cidade. Há o prologamento dos trajetos de quatro, que haviam sido
encurtadas (433, 464, 517 e 497). Também a ampliação da frota de outras quatro
(309, 435, e Troncais 7 e 8), entre 20% e 45%.
A assessoria da SMTR limitou-se a dizer que as mudanças são
apenas ajustes internos, e que as informações para o usuário já foram passadas
na primeira etapa, de racionalização.
Até setembro, o VLT vai funcionar em regime de ‘pare e siga’ em um trecho de 1,5 quilômetro na Via Binário - Foto: Arte O Dia