27/08/2014 07:15 - O Globo
RIO — O Consórcio Linha 4 Sul, responsável pelas obras de
expansão do metrô, informou, nesta segunda-feira, que foram concluídas as
escavações da estação Nossa Senhora da Paz, em Ipanema. Um dos acessos para
passageiros já está pronto e o outro, na esquina da Rua Maria Quitéria com
Avenida Visconde de Pirajá, precisa apenas das escadas para ser finalizado. As
bilheterias do mezanino também já ficaram prontas. Técnicos trabalham na
conclusão da armação da laje de fundo, para as últimas concretagens desta etapa.
Um ano e dez meses depois de ter sido cercada por tapumes, a praça já teve 30%
do espaço liberados ao público.
A 22 metros de profundidade, a estação é uma das seis que
compõem a Linha 4 do metrô, que vai ligar a Ipanema à Barra da Tijuca, na Zona
Oeste. A previsão é a de que 47 mil pessoas utilizem a estação diariamente. O
consórcio estima que o tempo de viagem da Praça Nossa Senhora da Paz até a
Carioca seja de 18 minutos. Para a estação Jardim Oceânico, na Barra, serão 13
minutos.
Com 16 quilômetros de extensão, a Linha 4 deve ser entregue
no primeiro semestre de 2016, beneficiando mais de 300 mil pessoas por dia. As
outras estações são Jardim Oceânico, São Conrado, Gávea, Antero de Quental e
Jardim de Alah.
TRECHO REABERTO TEM CORETO, LAGO E MONUMENTOS
No espaço reaberto da Praça Nossa Senhora da Paz estão o
coreto, dois monumentos, o laguinho e uma das figueiras mais antigas da praça.
O lago recebeu novo sistema de oxigenação da água, o que ajudou a aumentar a
população de peixes: cerca de mil carpas e 800 tilápias, segundo o consórcio
responsável pelas obras do metrô. O funcionário encarregado geral do canteiro
de obras ficou com a tarefa de cuidar da figueira quase centenária e alimentar
os peixes durante a interdição da área.A interdição parcial da praça para obras
do metrô não agradou aos moradores, que chegaram a recorrer à Justiça. Em
outubro de 2012, o estado conseguiu suspender a liminar que determinava a
paralisação da obra. A ação cautelar fora movida por moradores do bairro, que
protestaram contra o projeto que obstruía a área de lazer. Eles reivindicavam
uma outra alternativa para a construção da estação.
O grupo promoveu manifestações e conseguiu um
abaixo-assinado com mais de 16 mil adesões contra a interdição parcial do
espaço e a retirada de árvores centenárias. A praça, então, mesmo durante as
obras, teve um pedaço aberto ao público. O trecho, próximo às ruas Joana
Angélica e Barão da Torre, somado ao cantinho da praça que não foi interditado,
tem agora um total de 46% de área livres de obras.