31/07/2015 06:20 - O Estado de SP
Leia: Redução
de limite nas marginais não piora trânsito, diz engenheiro - TV Folha
Procurador-geral
se diz contra ‘judicialização’ sobre Marginais - O Estado de SP
SÃO PAULO - A Associação Comercial de São Paulo (ACSP)
também foi à Justiça contra a redução de velocidade nas Marginais do Pinheiros
e do Tietê. Desde o dia 27, a entidade integra a ação movida pela seção São
Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), que tenta cassar a medida da
Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Procurada, a Prefeitura não quis
comentar a entrada da ACSP no processo.
Segundo a associação comercial, "não há como escapar da
lógica de que o trânsito nas Marginais fluirá quase 30% menos.” Assim como a
OAB, a ACSP também afirma que a cidade vai viver "um caos” na volta às aulas,
na semana que vem.
Ainda de acordo com a entidade, a política da CET traz
prejuízos para o setor. "A redução do limite de velocidade impacta
negativamente a livre circulação das pessoas e das mercadorias pela cidade”,
disse, em nota, Alencar Burti, presidente da entidade e também da Federação das
Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
A ACSP acredita que as Marginais vão se transformar em vias
de trânsito lento, perdendo, assim, suas características viárias.
Na segunda-feira, a Prefeitura de São Paulo apresentou à 11ª
Vara da Fazenda Pública os dados e estudos referentes à redução da velocidade
máxima nas Marginais. De acordo com os documentos, a administração municipal
estima que a medida resultará em uma economia de R$ 189 milhões para a cidade e
cita casos de outros países que diminuíram a quantidade de mortos e de feridos
no trânsito com políticas semelhantes.
Além da OAB e da ACSP, a gestão Haddad também enfrenta o
Ministério Público Estadual (MPE). Para a Promotoria de Habitação e Urbanismo,
a CET apresentou apenas dados quantitativos, mas não mostrou as informações
qualitativas, como a velocidade que os veículos estavam no momento dos
acidentes.