21/11/2014 08:15 - Correio Braziliense
As empresas de ônibus Marechal e Pioneira cruzaram os braços
na manhã desta sexta-feira (21/11) e a previsão é de um dia de caos para quem
precisa ir para o trabalho. O adiantamento salarial, que deveria ter sido
creditado na conta dos funcionários nessa quinta-feira (20/11), não saiu.
Segundo o Sindicato dos Rodoviários, os donos da empresa não teriam conseguido
a verba necessária para os pagamentos.
De acordo com o sindicato, são cerca de 1.100 ônibus parados
nas garagens: 440 da Marechal e 660 da Pioneira. A empresa Pioneira deixará de
atender hoje as cidades de Santa Maria, Gama, Park Way, Candangolândia, Itapoãm
Paranoá, São Sebastião e Varjão. A empresa Marechal, que atende principalmente
os moradores do PSul, em Ceilândia, deixa de circular em cidades como Águas
Claras, Taguatinga, Guará I e II, Gama, Samambaia e Recanto das Emas.
Os trabalhadores afirmam que desde ontem o sindicato está em
contato com a empresa e o Governo do Distrito Federal (GDF) para tentar
solucionar o problema. Eles aguardam o pagamento do salário para que possam
voltar ao trabalho.
Problema recorrente
Esta é a segunda paralisação de ônibus da Pioneira em menos
de um mês. Após oito dias de greve, os ônibus da empresa voltaram a circular no
dia 13. Em uma reunião, representantes do Sindicato dos Rodoviários, da direção
da Viação Pioneira, do Ministério Público do DF e Territórios, do Ministério
Público do Trabalho (MPT) e do governo haviam chegado a um acordo para que os
salários em atraso fossem pagos.
A Viação Pioneira fez um empréstimo bancário de R$ 6 milhões
para pagar os salários e tíquete-alimentação atrasados dos rodoviários. Na
ocasião, o GDF fez um acordo de para repassar um montante de R$ 14 milhões à
empresa, dívida que se referia aos dias de operação branca do Expresso DF,
quando o BRT funcionou sem a cobrança de tarifa para os passageiros. Segundo o
Sindicato, este valor seria usado pelos empresários da Pioneira para pagar a
folha dos empregados, depositada todo dia 20 de cada mês, o que não ocorreu.
A paralisação dos rodoviários da Pioneira, responsável pelo atendimento da bacia 2 do transporte público do DF, afetou cerca de 200 mil brasilienses em mais de uma semana paralisada.