Brasileiros aprovam subsídios para transportes

25/04/2014 06:30 - Adamo Bazani - CBN / O Estado de SP

Leia: 81% dos brasileiros preferem ter serviços públicos melhores a pagar menos impostos

 - Revista Época 

ADAMO BAZANI – CBN

Definitivamente os serviços públicos e os serviços privados não estão satisfazendo os brasileiros.

De acordo com pesquisa inédita divulgada nesta quinta-feira, dia 24 de abril de 2014, apenas 39,5% dos brasileiros aprovam os serviços públicos. A aprovação dos serviços privados não é muito maior: 51%.

A pesquisa foi realizada pelo CIP – Centro de Inteligência Padrão, do Grupo de Mídia Padrão, e pelo Instituto Data Popular e ouviu ao longo do mês de março 3 mil pessoas de várias classes sociais em 53 cidades de todas as regiões do país.

Os serviços de transportes coletivos foram mal avaliados, com apenas 38,7% de aprovação, o que revela, segundo Roberto Meier, especialista internacional de Relações de Consumo, e um dos organizadores da pesquisa, a necessidade de mais investimentos e prioridade para a mobilidade urbana.

No entanto, a pesquisa mostra um dado interessante: a percepção do brasileiro em relação ao financiamento do transporte.

De acordo com os dados, 56% acham que o transporte deve ser gratuito, número bem inferior, por exemplo aos 91% que defendem gratuidade nos atendimentos em hospitais, na educação básica (ensino básico e fundamental) e nas creches. A pesquisa mostra ainda que 84% defendem que os remédios sejam gratuitos.

Para os três mil entrevistados, 32% acham que o estado deve bancar metade dos custos dos transportes, isso pode ser em forma de subsídios diretos, isenções fiscais ou outro tipo de participação do poder público.

Já 10% acreditam que a população deveria bancar tudo.

A percepção dos brasileiros mostra o que o setor de transportes vem defendendo há vários anos. Se houver incentivos para um serviço que beneficia a sociedade como um todo, as passagens poderiam ser mais baixas e a qualidade superior.

Isso corrigiria a distorção atual pela qual todo o custo da tarifa recai sobre o passageiro pagante, que hoje, inclusive, banca as gratuidades.

Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes