24/04/2014 07:15 - Folha de SP
Um ônibus da viação Campo Belo foi incendiado na rua José
Joaquim Gonçalves, no Parque Santo Antônio, zona sul de São Paulo, na madrugada
desta quinta-feira. Não houve feridos.
Segundo a Polícia Militar, um grupo obrigou o motorista e o
cobrador a desembarcarem do coletivo que estava parado no ponto final. O grupo
jogou combustível no ônibus, ateou fogo e fugiu.
Os bombeiros foram chamados para apagar o fogo, mas o ônibus
ficou destruído.
OUTRO CASO
Na noite de terça-feira (22), um ônibus da viação Santa
Brígida foi incendiado na avenida João Paulo I, no Jardim Maracanã, zona norte
de São Paulo. Não houve feridos.
Um grupo obrigou o motorista, o cobrador e três passageiros a desembarcarem. Após roubar o dinheiro das passagens, o grupo jogou combustível no coletivo e ateou fogo. O ônibus ficou destruído.
PM detém mais um
suspeito de ataque a garagem de ônibus em Osasco
Policiais militares apreenderam um adolescente de 17 anos
suspeito de um ataque que incendiou 34 ônibus da Viação Urubupungá, em Osasco
(Grande São Paulo). Ele foi reconhecido por funcionários da empresa, de acordo
com a Polícia Militar.
O adolescente foi apreendido por volta das 20h de ontem (23)
ao buscar atendimento médico para queimaduras no braço no pronto-socorro Jardim
Mutinga, em Barueri (Grande São Paulo). A PM chegou ao suspeito após uma
denúncia de que ele estaria em atendimento na unidade de saúde.
Na terça-feira (22), os policiais prenderam Edilson Almeida
Silva, 19, é irmão gêmeo de Edmilson, um jovem que foi morto na região. Segundo
a polícia, os irmãos já haviam sido detidos por tráfico de drogas na
adolescência.
A polícia suspeita que o ataque foi uma forma de vingança
pela morte de Edmilson, que foi assassinado com 24 tiros em uma praça conhecida
por ser ponto de tráfico.
O delegado seccional de Osasco, Paulo Tucci, afirma que as
investigações preliminares apontam que a morte ocorreu em meio a uma disputa de
traficantes. Antes do ataque ao pátio, outros dois ônibus que circulavam pelas
ruas já haviam sido atacados.
Edilson foi preso sob suspeita de incêndio doloso
(intencional), formação de quadrilha, dano ao patrimônio e lesão corporal -um
funcionário da viação ficou ferido.
A polícia diz que testemunhas reconheceram o suspeito, que
também aparece em imagens de câmeras de segurança localizadas pela polícia.
Outros suspeitos de participar do ataque ainda são
procurados.
ATAQUE
Cinco criminosos armados invadiram o pátio da viação
Urubupungá, localizado na avenida Presidente Médici, na madrugada de
terça-feira (22).
Vigias e manobristas, segundo a viação, foram rendidos pelos
criminosos e obrigados a jogar combustível em um dos coletivos.
No boletim de ocorrência, um dos funcionários relatou que
foi mantido dentro do ônibus e só foi autorizado a sair quando o fogo se
espalhou pelo veículo. Ele teve ferimentos no braço.
A polícia afirma que 23 ônibus tiveram perda total e que 11 foram
parcialmente incendiados. A Urubupungá estima que houve prejuízo de cerca de R$
10 milhões.
A empresa diz que a frota não tinha seguro e que os ônibus
parcialmente destruídos podem ser recuperados, mas que o serviço demora de
quatro a cinco meses.
O incêndio começou em um ônibus, mas se espalhou porque os
veículos estavam estacionados próximos uns aos outros no pátio, localizado na
avenida Presidente Médici.
Os ônibus danificados atendiam apenas o município de Osasco.
Segundo a empresa, a viação tem uma frota de 670 veículos e será preciso fazer
uma readequação de linhas para atender os passageiros.
A estimativa é de que 20 mil pessoas serão prejudicadas com
a falta de ônibus nas ruas -a prefeitura fala em 7.000.
A prefeitura afirma que todas as 21 linhas de ônibus da zona
norte de Osasco foram prejudicadas, pois o incêndio tirou de circulação 29 dos
171 veículos que prestam serviços na região.
A Urubupungá se comprometeu a regularizar a situação,
segundo a prefeitura, mas caso não seja possível será usada "frota
emprestada da Viação Osasco, concessionária contratada para operar a região sul
da cidade".