CDL/BH e Setcemg levam estudo à BHTrans

28/11/2015 08:18 - Diário do Comércio - MG

A Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) e o Sindicato das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais (Setcemg), em parceria com outras 14 entidades, entregaram à Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) um documento, chamado de "Plano de Logística Integrada, contendo propostas para melhorar o transporte de cargas na Capital. Entre elas está a criação de uma mobilidade urbana atrativa para os negócios.

O documento foi entregue pelos representantes da entidade ao presidente da BHTrans, Ramon Victor César, na sexta-feira. O presidente da CDL/BH, Bruno Falci, lembrou que o crescimento acelerado da cidade trouxe novas necessidades para o sistema de logística e trânsito. "Um ponto que deve ser observado é o de transporte de cargas, pois hoje certas restrições, como a limitação de horário e tempo de carregamento e de descarga, que inibem o desenvolvimento dos negócios de diversos segmentos”, afirmou.

Conforme explicou o vice-presidente do CDL-BH, Marcos Innecco Correa, o trabalho contém 23 propostas de curto, médio e longo prazos. "O mais importante é o entendimento do poder público que a mobilidade urbana não é só o trânsito de veículos e passageiros, mas de cargas e mercadorias também”, disse.

"O objetivo das propostas é fazer o ordenamento do abastecimento da cidade nas operações de carga e descarga de mercadorias de forma a minimizar o impacto do trânsito de caminhões em Belo Horizonte”, detalhou Correa. Segundo ele, as propostas de curto prazo trazem iniciativas básicas para criar um ambiente logístico favorável e direcionar a adoção de medidas definitivas.

Entre as propostas de curto prazo, para serem implantadas até 2016, o vice-presidente da CDL/BH destacou a elaboração de uma pesquisa capaz de identificar as principais origens e destinos das cargas que chegam ou saem de Belo Horizonte. O dirigente também citou como importantes iniciativas a criação de um Conselho Deliberativo Permanente e Paritário de Logística e Abastecimento e a criação de Câmaras Temáticas por cadeias produtivas para avaliar e definir as medidas propostas.

O documento propõe, ainda, no âmbito das propostas de curto prazo, a implantação de um programa de capacitação e treinamento em logística de abastecimento e distribuição urbana para micro, pequenos e médios empresários e o desenvolvimento de vários projetos pilotos para a melhoria da logística de chegada e saída de cargas das cadeias produtivas.

Efetivação - No médio prazo, até 2018, as propostas vão no sentido de efetivar as medidas que deram certo no cruto prazo e criar uma série de políticas relativas à entrega noturna por segmento de carga e cadeia produtiva, para polos de atração e geração de cargas passíveis de agendamentos de recebimento e expedição, para a para a ampliação das regiões de baixa emissão de ruídos e poluentes em parceria com o setor produtivo industrial, atacadistas, centros de distribuição, supermercados, entidades de transporte de cargas e de passageiros, entre outras.

No longo prazo, o documento propõe a implantação de uma plataforma logística de distribuição, abastecimento e consolidação de cargas, de corredores econômicos de distribuição urbana e a revisão de todo o planejamento. A expectativa é que essas propostas possam ser colocadas em prática até 2020.

Questionado se os prazos podem ser cumpridos diante da morosidade ligada à legislação e do ambiente econômico desfavorável a investimentos, o vice-presidente da CDL/BH afirmou que "o que está em jogo não é o investimento financeiro, mas a boa vontade e a inteligência das instituições e pessoas”. "A mobilidade não pode ser entendida como um problema, mas sim como uma indutora de negócios para a economia belo-horizontina”, completou.

As demais entidades que assinaram o plano de logística foram: Abrasel, ACMinas, Acomac, Amis, Assempre, Associação dos Comerciantes do Hipercentro, Fecomércio Minas, Fiemg, Minaspetro, Sincopeças, Sindileq, Sinduscon, Sintrauto e UFMG.