18/04/2014 09:00 - O Tempo - BH
A Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas
(Setop) decidiu aumentar o valor da tarifa dos ônibus intermunicipais em 6,57%,
o que impacta 34 municípios da região metropolitana. O reajuste vem nove meses
após o governo ter baixado em 3,65% o preço da passagem, durante as
manifestações realizadas em junho e julho do ano passado. Publicada nesta
quinta-feira (17) no "Minas Gerais”, a medida já passa a valer nesta
sexta-feira (18) e altera de R$ 3,30 para R$ 3,50 o valor da tarifa
predominante, paga por 62% dos usuários.
O mesmo preço vale para o Move Metropolitano (nome dado ao
BRT), que começa a operar no próximo dia 26 na Estação São Gabriel, na região
Nordeste da capital. A decisão da Setop é tomada em meio a polêmica sobre o
aumento de 7,5% pleiteado pela Prefeitura de Belo Horizonte para a tarifa dos
ônibus municipais. Esse reajuste, no início do mês, gerou protestos e foi
barrado pela Justiça a pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
O aumento de 6,57% no transporte coletivo metropolitano é
aplicado na tarifa cobrada em 740 linhas. Os novos preços variam de R$ 2,30 (a
mais barata) até R$ 31,95. Além desse reajuste, os valores dos táxis especiais
metropolitanos também tiveram elevação de 7,49%.
A Setop justifica a decisão dizendo que o reajuste anual é
previsto em contrato como forma de manter o equilíbrio econômico e financeiro
das empresas diante da inflação e do aumento dos custos operacionais. Em
dezembro passado, não houve elevação de 4% porque o governo extinguiu a
cobrança do Custo de Gerenciamento Operacional (CGO), que gerava um custo anual
às concessionárias de R$ 38,5 milhões – 4% do valor da tarifa.
Agora, a Setop alegou que o reajuste poderia ser maior se não fosse, ainda, a isenção da mesma taxa. Segundo o órgão, cálculos demonstraram que a variação de custos do setor no ano de 2013 foi de 10,57% – menos os 4% do CGO, o reajuste foi fechado em 6,57%. Os pesos que recaem sobre a tarifa, de acordo com a Setop, são custos de mão de obra (47,16%), combustível (21,53%) e depreciação dos veículos (18,97%).