VLT de Cuiabá: Sem aditivo

28/03/2015 08:45 - A Gazeta - MT

Dirigentes do Consórcio VLT negam a necessidade de mais R$ 800 milhões para a conclusão das obras. Também negam que tenham recebido mais do que o realizado, conforme aponta o governo de Mato Grosso.

Transferência

Está previsto para segunda-feira o ato formal que transfere a gestão do contrato do VLT da Secopa para a Secretaria de Cidades. O Consórcio VLT ainda não recebeu do governo Pedro Taques (PDT) qualquer notificação para a continuidade das obras. Aliás, o consórcio não teve qualquer contato com o atual governo, segundo fonte ligada às empreiteiras.

Sob suspeita

Com a decisão judicial que determinou o bloqueio de contas do Consórcio VLT, o governo do Estado, o Ministério Público e a própria Justiça Federal colocam a Caixa Econômica sob suspeição. Se o pagamento realizado foi maior que o serviço prestado, houve conivência ou falha da Caixa Econômica, uma vez que ela é a responsável por conferir as medições e só depois deste procedimento liberar os recursos. Se as denúncias forem verdadeiras, a Caixa precisa se explicar.

Alerta

O Consórcio VLT, que nunca se manifestou sobre as denúncias e acusações que vêm sendo feitas sobre as obras do modal, demonstrou forte interesse nas investigações da CPI das Obras da Copa. Tal interesse acendeu a luz amarela na base governista que conduz a CPI. Os trabalhos da Comissão devem ter início na próxima terça

Indefinição

O governo Pedro Taques está aparentemente dividido em relação ao VLT. Alguns defendem o BRT e outros a manutenção do VLT. Existem grandes e inconfessáveis interesses permeando toda a polêmica sobre a implantação do VLT. Parte desses interesses estão ligados ao lobby pró-BRT - que já contamina setores do governo - e outra parte a uma suposta disputa interna entre as próprias empreiteiras que compõem o Consórcio VLT.

Prejuízo

O bloqueio de R$ 300 milhões do Consórcio VLT, determinado pela Justiça Federal a pedido dos Ministérios Federal e Estadual, além da Procuradoria-Geral do Estado, deve estabelecer uma guerra jurídica entre as empreiteiras e o governo. Isso pode comprometer ainda mais a continuidade ou conclusão das obras.

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O Consórcio VLT informou por meio de nota à imprensa que foi notificado da decisão judicial por volta de 14h de ontem e que passa agora para análise do teor da mesma, por meio da assessoria jurídica das empresas consorciadas.

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O Consórcio VLT também posiciona que ainda não teve acesso aos autos do processo e que quaisquer outras manifestações públicas serão feitas após a necessária análise jurídica do conteúdo processual.